Jean Doat
Jean Doat
Né a Rochefort en 1952, Jean Doat étudie et enseigne les arts plastiques et cinétiques à l’école des beaux-arts de Poitiers.
Passionné de voyages, de la mer et de ses bateaux, il construit une goélette en acier de 40 pieds ‘Ohiyesa’ et met le cap sur archipel des Açores en 1986.
Attiré par l’identité des îles et de leur population, et par la fascinante beauté de l’archipel, il s’établit à Faial, partageant son temps entre expéditions de recherches scientifiques sur le milieu marin et son environnement et travaux photographiques et graphiques pour le compte du gouvernement de la région autonome, autant d’activités concrétisées en 1990 par un espace destiné aux arts créatifs.
A bord de ‘Ohiyesa’, avec un équipage des îles et une exposition itinérante de peintures et photos de l’archipel, il participe, au nom des Açores et du Portugal, à la ‘Grande Régate Colomb 92’, commémorant le cinquième centenaire de la découverte de l’Amérique avec la flotte complète des ‘Tall ships’ de tous les pays du monde.
Au retour d’une circum-navigation de six mois, sera montée une expo itinérante de peintures et de photos sur l’expédition atlantique et sur l’archipel des Açores. Elle sera inaugurée au monument des découvertes à Lisbonne en Juillet 93.
Le voyage continue en extrême Orient à partir de 1994 pour exposer au Musée Maritime de Macao. A l’invitation des autorités du territoire, il va participer, avec de nouveaux travaux photographiques et de publications de livres sur Macao à plusieurs actions visant à la promotion du territoire, à Pékin, Shangai, Hanoi et Bangkok.
Un temps d’escale au port de Rochefort, une expo itinérante qui partira prochainement de la ville pour différentes régions de France, et de nouvelles expéditions étroitement liées à des activités culturelles et scientifiques vont sûrement continuer à animer ‘Ohiyesa’ et ses équipages sur la route des océans.Le voyage continue...
Nascido, nao sabe porque em Rochefort‑sur‑Mer, Bretagne, oriundo duma familia de amigos marinheiros, como o celebre inventor e capitao de fragata Barbotin, e de gente dedicada a arte, nao foi logo para o mar nem para as ilhas (Açores entre outras), segundo pensa, as melhores condutoras de poesia.
Depois da escola, cursou Literatura e Belas‑Artes. Acabou por ser professor de artes graficas e pintura em Poitiers. Depois deu‑lhe o "amok" e decidiu, o mais ostentoriamente possivel, conceber e construir a mao a mais incontornavel das escunas, Ohiyesa. Este barco, de aço negro, de dois mastros, tem qualquer coisa de berbere pirate. Curiosamente, este nome de passaro calmo e o nome de um pacifista indio do seculo passado. Dentro desta escuna teve um choque frontal com Monet e nasceu um estranho passaro açoriano chamado Doat (em frances pronuncia‑se como Doigt, dedo) e a quem no Faial, once as vezes poisa, junto ao vulcao dos Capelinhos, chamam Duarte.
Juntamente com a sua tripulaçao das ilhas, Jean Doat, na ultima Grande Regata Colombo 92, representou Portugal com a Sagres e a caravela replica Boa Esperança. Durante esta regata, tirou, ‑ com olho de pintor ‑ aquele que se pode transformer num olho de ciclone, milhares de fotografias do mar, e dos seus habitantes.
A sua actividade, de tipo pioneiro, podia simbolizar‑se com a figure emblematica do triangulo da Arte, Filosofia e Ciencia. Alem de ensinar a navegar, fotografa, pinta e desenha, com calma veemencia, o mar. E defende que um acesso ao conhecimento e sempre mediado pelo seu conhecimento. Fala da serenidade forte que o mar Ihe ensinou e da isençao do olhar cientifico, que aprendeu a conhecer ao participar em algumas expediçoes cientificas.
Este marinheiro, que toca piano para os golfinhos e outros amigos, e que dedicou todos os seus trabalhos a um Golfinho Desconhecido, esta de novo entre nos tentando divulgar por meio de imagens invulgares, que se poderiam definir como fortemente iconicas, o conhecimento humano que o mar nos da. Desde o mar matinal ao mar nocturno, que ele percorre sem cessar, tanto nas suas viagens e paragens, ("uma vez em terra, o marinheiro continua a navegar" ‑ Alexandre O'Neill), o seu trabalho tenta voltar a devolver‑nos os olhos abertos.
Este homem tem um sonho de orden pratica: gostaria, nao de regressar no tempo, numa atitude "retro", a um era em que a navegaçao era totalmente feita por veleiros, mas de avançar para uma outra, em que de facto o mar registasse a presença dum muito maior numero de velejadores e de seres verdadeiramente conscientes do mar. Ao valorizar os velejadores e a sua consciencia, participa num ambiente verde: o vento e as velas nao sao poluentes; a combinaçao harmonica da energia humana com as energias naturais, como as do vento e das aguas, pode levar‑nos a uma melhor consciencializaçao e conservaçao do nosso planeta.
Contra ventos e mares, as suas viagens vao continuar e o programa segue. Do resultado delas nasceu uma exposiçao, e esta exposiçao itinerante percorrera as ilhas e varias cidades do continente, pare depois rumar em direcçao as comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.
Imagens que, nos descrevem uma realidade algumas vezes mistica outras visionaria dos homens, habitantes e coisas do mar, poderao ser vistas no Padrao dos Descobrimentos, a partir do dia 8 de Julho, dia da Marinha.
Benvindo! Estao todos convidados a mergulhar.
MIGUEL CASTRO HENRIQUES
Born, do not know why in Rochefort-sur-Mer, Bretagne, originating from a family of friends sailors, as the celebrated inventor and captain of frigate Barbotin, and people dedicated to art, was not just the sea or to the islands (the Azores among others), second thought, the best conductor of poetry.
After school, he studied Literature and Fine Arts. Turned out to be a teacher of graphic arts and painting at Poitiers. Then he gave him the "amok" and decided ostentoriamente as possible, to design and build the most compelling hand of schooners, Ohiyesa. This boat, black steel, two masts, is something of Berber pirate. Interestingly, this quiet bird name and the name of a pacifist Indian of the century. Within this schooner had a frontal collision with Monet and was born a strange bird called the Azores Doat (pronounced in French as doigt finger) and who in Faial, once the times since, with the volcano Capelinhos, call Duarte.
Together with his crew from the islands, Jean Doat, the last Grand Regatta Columbus 92, represented Portugal with a replica caravel Sagres and Good Hope. During this race, pulled out - with a painter's eye - one that can turn an eye of the cyclone, thousands of photographs of the sea and its inhabitants.
Its activity, the pioneer type, could represent himself with the typical triangle of Art, Science and Philosophy. In addition to teaching sailing, shooting, paints and draws, with quiet vehemence, the sea. And argues that access to knowledge and always mediated by their knowledge. Speaks of serenity strong that the sea taught him and the exemption of scientific gaze, who learned to know by participating in some scientific expeditions.
The sailor, who plays piano for the dolphins and other friends, and devoted all his work to a Dolphin Unknown, this again among us trying to spread through unusual images, which could be defined as highly iconic, human knowledge that in the sea. From sea to sea at night morning, he travels ceaselessly, both in their travels and stops ("Once ashore, the sailor continues to navigate" - Alexandre O'Neill), his work attempts to return back to us eyes open.
This man has a dream of practicing orden: I would like not to go back in time, an attitude of "retro" at an age where the navigation was completely done by sailing ships, but to move to another, where in fact the sea to register the presence of a much larger number of sailors and of truly conscious beings of the sea. By valuing the sailors and their conscience, participate in a green environment: the wind and the sails are not polluting the harmonic combination of human energy with the natural energies such as wind and waters, can lead us to a better awareness and conservation of our planet.